ASSESSORIA DE IMPRENSA
& FOLHA MACHADENSE (Fotos: Assessoria/Jornal A Notícia)
Jogadores comemoram conquista |
Quis o destino reservar para o Esporte Clube Recreativo do Sul o título do mais disputado, acirrado e longo Campeonato Sul Mineiro de Futebol Juvenil. Não por acaso. O troféu erguido às 14h30 do último sábado, em São João Del Rei, pelo capitão Luiz Felipe, coroa todo um trabalho em equipe, a dedicação de 29 guerreiros, o comprometimento nos treinos, a obediência à disciplina por parte de todos, a participação decisiva das famílias, sempre na torcida e a parceria importante da Prefeitura de Machado e dos patrocinadores da equipe.
Assim que confirmado campeão 2011, o Recreativo, com toda a família, comemorou. Dentro de campo, com atletas e comissão técnica. Nas arquibancadas, entre a torcida. E em Machado, a 300 quilômetros do Estádio Joaquim Portugal, palco da final, a população também vibrou, depois de 80 minutos de ouvidos ligados à transmissão ao vivo do confronto, pela Rádio Nova FM.
Equipes e arbitragem entram em campo antes da decisão |
A decisão, entre Esporte Clube Recreativo do Sul e Sparta, de Campo Belo, foi apenas o capítulo final de uma longa história, que mesclou episódios de desastre, como a estreia, em São Lourenço; de injustiças, como a suspensão do técnico Lúcio Borges, a reversão de pontos da primeira partida diante de Coqueiral e a expulsão de Cassiano na semifinal, que o tirou da decisão; de dificuldades, como a contusão e cirurgia de Zé Luiz; e, sobretudo, episódios de superação: como a recuperação de Zé Luiz, a incontestável vitória por 6 a 1 sobre Coqueiral e o grande título Sul Mineiro.
O Sul Mineiro 2011, maior e mais acirrada competição já promovida pela Liga Sul Mineira nesta categoria, em 17 anos de existência, realmente, daria um livro. E o capítulo final, escrito no último sábado, seria mais ou menos o que vem a seguir.
O JOGO
Momento em que o capitão Luiz Felipe recebe o troféu de campeão |
Ao meio dia, Recreativo e Sparta entraram em campo, sob o som do tema da Champions League. Bandeiras hasteadas, troféus expostos, autoridades anunciadas e todos em posição de sentido. O hino nacional foi entoado e, finalmente, a bola rolou. Raphael Farinha, Gustavo, Emanuel, Felipe, Guilherme, Lekinho, Diego, Henrick Garcia, Bruninho, Thiago Marini e Luiz Felipe foram os 11 guerreiros que se iniciaram no jogo.
Equipe vencedora posa para a foto do título |
No banco, à disposição do técnico, mais nove feras convocadas: Luiz Flávio, Neto, Lucas Neves, Felipe Augusto, Samuel, Léo Guimarães, David Júnior, Thobias e Luiz Antônio. Na comissão técnica, chefiada pelo treinador Lúcio Borges, os competentíssimos auxiliares Davi Fernandes e Carlos Henrique, além dos assistentes Douglas e Lucas Paiva. De Machado, atento à transmissão, esteve o preparador de goleiros, Evair Donizete.
O jogo começou “fervendo”. Logo no início, após boa trama de bola entre Thiago Marini, Diego, Henrick e Luiz Felipe, o atacante desperdiçou a chance de inaugurar o placar. Não demorou muito e Bruninho novamente colocou Luiz Felipe em condições de gol. Mas o atacante “esticou” a jogada e o goleiro pegou. Acuado, o Sparta resolveu partir para cima. Bem posicionado, o lateral esquerdo Guilherme impediu a descida de um dos destaques adversários, seu lateral direito.
Campeões dão a volta olímpica com a imponente taça |
Os volantes começaram a trabalhar. A princípio, as principais jogadas foram cortadas no meio. O Recreativo, cada vez mais recuado, em parte graças à atuação desastrosa do árbitro Evandro José, deu espaços e o Sparta aproveitou. Não fosse Emanuel, aos 20 e aos 22 minutos, e Felipe, dez minutos mais tarde, os adversários teriam ido à frente. Exigido em duas oportunidades na primeira etapa, o goleiro Raphael Farinha mostrou a competência de sempre e fechou a meta. Confusões, reclamações e polêmicas à parte, a etapa inicial foi positiva. O Sparta marcou um gol impedido, corretamente anulado pela arbitragem.
Conquista foi comemorada com rodada de pizza oferecida pelo prefeito Roberto Órfão |
No intervalo, o técnico Lúcio Borges efetuou duas mudanças: David Júnior substituiu Henrick, no meio, e Luiz Antônio entrou no lugar de Bruninho, adiantando Diego para o meio de campo. O Recreativo cresceu seu poder de fogo para cima dos oponentes. O lateral direito Gustavo, mais à vontade, passou a arrancar em velocidade, como lhe é característica, e Thiago Marini pôde jogar mais ofensivo.
Nesta formação, o gol era questão de tempo. E ele veio: Luiz Felipe aproveitou bola espirrada na área e colocou para dentro. O assistente, completamente equivocado, enxergou uma falta que nem o mais alto grau de miopia seria capaz de produzir. O juizão, completamente perdido, foi na onda do bandeira e anulou o gol. Nervoso, o técnico Lúcio Borges partiu para cima do auxiliar e passou a fazer pressão.
Luiz Felipe recebe troféu de artilheiro |
O jogo ficou nervoso. O Sparta, que já era violento, duplicou sua dose de agressividade e teve dois jogadores expulsos. O juizão, Evandro, novamente deu mancada: expulsou David Júnior, que vinha desempenhando importante papel na marcação, na meia direita, e que havia levado dois pisões. O Recreativo não se abalou. Firmes, os volantes Lekinho e Luiz Antônio passaram a sufocar as tentativas ofensivas do adversário.
O time machadense cresceu. Thiago Marini recebeu bola açucarada no bico da área e bateu consciente, mas a pelota explodiu no travessão. O jogador demorou a se recompor. Mas recompôs-se em grande estilo. Em uma jogada aparentemente normal, teve o olho clínico e a velocidade para colocar o volante Diego de frente para o gol, dentro da área. E o camisa 10 não perdoou: bateu no canto do goleiro e correu para o abraço.
Capitães se cumprimentam após o jogo |
Como já tinha cartão amarelo, o autor do gol foi substituído pelo técnico Lúcio Borges. O volante Thobias foi a campo, reforçando o sistema de marcação no meio. Bem condicionado, Thobias reestabeleceu a tranquilidade e ainda liberou o volante Luiz Antônio para ensaiar algumas subidas ao ataque.
Próximo do fim, o Sparta tentou esboçar alguma reação. Sempre firme, Farinha interveio e garantiu o 1 a 0. Até que, para alegria de todos, o polêmico Evandro ergueu os braços e soprou o apito. Botou o ponto final no derradeiro capítulo da gloriosa história do Campeonato Sul Mineiro de Futebol Juvenil.
Despeito
Campeões foram recebidos no palco da Festa do Caminhoneiro, assim que chegaram a Machado, pelo prefeito Roberto Órfão |
Despeitados, os adversários partiram para cima da arbitragem e, depois, da equipe do Recreativo. A confusão começou com o zagueiro do Sparta, que havia brigado até com a sua própria equipe.
Mostrando que uma equipe campeã não pode ser competente apenas no futebol, o Recreativo não se intimidou e deu uma “cossa” no topetudo zagueiro, que caiu ao chão, chorando, e desistiu da briga.
Comemoração
A viagem de volta foi longa. Após quatro horas dentro do ônibus, os jogadores do Recreativo desembarcaram em Machado. Os foguetes os recepcionaram na entrada da cidade. Carreata se seguiu para a Festa do Caminhoneiro, onde os atletas foram recebidos no palco pelo prefeito Roberto Órfão.
Em seguida, a carreata percorreu a cidade e a comemoração terminou na Pizzaria La Piu Bella, com a rodada de pizza oferecida pelo prefeito Roberto Órfão e pelos secretários Camilo (Governo) e Carlinho Cardibox (Esportes).
Artilheiro
Capitão do Recreativo, Luiz Felipe Silva Campos, mais uma vez, foi o artilheiro do Sul Mineiro, com dez gols. Para alegria do jogador, sua família e, principalmente, seu irmão: Luiz Fernando, assíduo torcedor do time, desde o ano de 2007.