Ao indeferir, nesta quinta-feira, recurso
apresentado pelo Recreativo questionando a controvérsia e injusta expulsão do
atleta João Rafael Corigliano Magalhães, na partida frente ao Bola Preta, no
último sábado, 04/05, a Junta de Justiça Desportiva deu um passo que distancia
a Liga Sul Mineira – entidade à qual é subordinada – de seus objetivos.
João Rafael, que está entre os principais atletas
do elenco infantil do Recreativo (líder de seu grupo no Sul Mineiro 2013), foi
expulso após uma falta cometida por outro atleta do time. Mesmo alertado pelo
assistente Ilton que o atleta sequer estava próximo do lance, o árbitro Wilson
A. Braga manteve o cartão vermelho.
Em seguida, em uma ação que não queremos crer que
tenha sido premeditada, chegado a Machado já pronta, Wilson A. Braga expulsou
Marcos Magalhães A. Júnior, o companheiro de João Rafael no meio de campo do
Recreativo. Assim, a cinco minutos do fim do jogo, o árbitro Wilson tirou do próximo
confronto contra o mesmo Bola Preta os nossos dois meias.
Nossa diretoria encaminhou à JJD, ontem,
quarta-feira, recurso voluntário com pedido de liminar e efeito suspensivo. A
peça foi elaborada a partir de embasamentos bastante densos. Pediu, inclusive,
que fossem arrolados como testemunhas o próprio assistente, Ilton, e o
representante da Liga na partida, José Abel Bernardes Bueno.
Ambos testemunharam a ação equivocada (queremos
crer que seja somente equívoco) do árbitro, o alertaram em momentos oportunos
sobre a injustiça cometida na expulsão e, por assim dizer, poderiam contribuir
para a reversão desta desastrosa ação, que em muito prejudica o nome da Liga
Sul Mineira e a lisura de seu trabalho.
Por incrível que pareça, o Recreativo não é o mais
prejudicado nesta história toda. Mesmo tendo ficado o atleta João Rafael
bastante chateado com a situação, temos uma equipe de pessoas de bem à frente
dos nossos trabalhos, capazes de contornar situações desagradáveis como esta e
manter o jogador motivado para que continue rendendo em alto nível. E
excelentes jogadores para suprirem a ausência daqueles que foram, injustamente,
punidos.
Os mais prejudicados são, pela ordem: a Liga Sul
Mineira de Futebol, que, reconhecidamente, desenvolve um trabalho espetacular
de valorização do futebol de base do Sul de Minas, mas precisa cercar-se de
mecanismos que impeçam, por parte de seus árbitros atitudes que levantem
suspeitas sobre suas condutas; a Junta de Justiça Desportiva, que varreu os
ciscos para debaixo do tapete, mesmo tendo em mãos um recurso volumosamente
embasado e testemunhas oculares do estrago causado pela arbitragem; e a Copa
Sul Mineira de Futebol, competição que, até então, goza de muito prestígio no
Estado de Minas Gerais, e que precisa de um forte trabalho que impeça
ocorrências como a do último sábado para que não tenha este prestígio abalado.
Indignação é o sentimento que norteará nossa
viagem, no próximo sábado, ao poderio financeiro e estrutural do Bola Preta,
equipe sediada em Elói Mendes que nunca ganhou o Campeonato Sul Mineiro e, este
ano, levou do Recreativo os dois principais jogadores de sua categoria mirim
sem, SEQUER, telefonar aos dirigentes do clube machadense. Cordialidade é
bobagem. Belos exemplos daqueles que, por um motivo ou outro, estão envolvidos
no processo de formação e educação de crianças e jovens.
De fato, nem tudo se compra com dinheiro. EDUCAÇÃO
e RESPEITO, por exemplo, os milhões de nosso “primo rico” não foram capazes de
comprar.
É necessário enfatizar que queremos crer que as
expulsões do Recreativo, no último jogo, são consequências apenas da
INCOMPETÊNCIA do apitador designado pelo departamento de árbitros da Liga ou
dos erros humanos a que todos estamos suscetíveis.
A DIRETORIA